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SESI e SENAI ampliam parceria com governo para a melhora da educação e da competitividade do país

Meta do Ministério da Educação é oferecer 2 milhões de matrículas pelo Pronatec em 2016. As entidades do Sistema Indústria responderão por 627 mil vagas

O Serviço Social da Indústria (SESI) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) oferecerão, este ano, 627 mil vagas em programas que possam contribuir para a melhoria do país, da empregabilidade e da competitividade do setor industrial. Essa quantidade de vagas faz parte da meta do Ministério da Educação (MEC) de, em 2016, ofertar dois milhões de matrículas por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). O anúncio foi feita nesta quarta-feira (9), em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília. “Essa iniciativa é um grande esforço do SESI e do SENAI em colaborar na missão de termos trabalhadores mais bem qualificados que possam tornar nossa indústria cada vez mais competitiva. Nosso compromisso continua firme no sentido de apoiar o desenvolvimento do Brasil”, disse o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade.

O presidente da CNI afirmou ainda que a educação de qualidade, a ampliação da oferta de educação profissional e a formação de tecnólogos e engenheiros fazem parte da estratégia para promover inovação. “É com a inovação que o país terá melhores condições de superar a crise econômica, criar mais empregos de qualidade e voltar ao caminho do desenvolvimento, do qual nos desviamos momentaneamente”, concluiu Andrade.

Já a presidente da República, Dilma Rousseff, ressaltou a importância da tradição dos cursos técnicos e de qualificação oferecidos pelo SENAI para ampliar a atuação conjunta para a execução do Pronatec. “Nós precisávamos de uma parceria com o que há de melhor no Brasil e na América Latina e, por isso, nosso parceiro é o SENAI. Eu tenho a convicção de que o Pronatec é uma estratégia de crescimento do nosso país”, afirmou Dilma.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, fez um balanço do programa que, além da pasta dele, abrange outros 14 ministérios. Entre 2011 e 2015, segundo o ministro, foram realizadas 9,4 milhões de matrículas em cursos técnicos e de qualificação profissional em todo o país. “Nossa parceria com a CNI é essencial para o Pronatec, que tem como metas aumentar as oportunidades de emprego, com melhores salários e, assim, trazer mais produtividade para a indústria”, pontuou Mercadante.

Robson Braga de Andrade“Essa iniciativa é um grande esforço do SESI e do SENAI em colaborar na missão de termos trabalhadores mais bem qualificados que possam tornar nossa indústria cada vez mais competitiva” – Robson Braga de Andrade Nesta parceria, o SESI e o SENAI oferecerão 627 mil matrículas nas seguintes modalidades:

1 – Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec)
Por meio de parceria entre SESI e SENAI, dar continuidade à realização da bolsa-formação no âmbito dos cursos técnicos e de qualificação profissional, alinhados às demandas industriais. Além da oferta de vagas via Pronatec, os alunos terão oportunidade de participação da Olimpíada do Conhecimento 2016 – a maior competição de educação profissional das Américas.

2 – e-Pronatec
Esta é uma nova modalidade do Pronatec, que será oferecida pelo SENAI, por meio de cursos técnicos e de qualificação profissional a distância, que podem ser acessados de qualquer lugar. Será usada a mesma metodologia dos cursos técnicos presenciais do SENAI, como, por exemplo, de mecatrônica, automação, petróleo e gás, eletroeletrônica. Pela primeira vez, serão utilizados diferentes tipos de mídias eletrônicas para acesso e interação com conteúdos online, simuladores, aplicativos, videoaulas e kits didáticos. Atualmente, o SENAI dispõe de 82 cursos técnicos e de qualificação profissional a distância.

3 – Pronatec EJA
Para o Pronatec EJA, o SESI e o SENAI trazem uma metodologia inédita de educação de jovens a adultos a distância, articulada com qualificação profissional. O público-alvo são trabalhadores que já tenham começado o Ensino Médio. A ideia é aproveitar os conhecimentos prévios e experiências de vida e de trabalho adquiridos e, assim, acelerar o tempo de formação e de conclusão do curso. Os currículos são contextualizados ao mundo do trabalho. Ao mesmo tempo, o trabalhador terá acesso aos cursos de qualificação profissional do SENAI a distância.

Além disso, também serão contempladas as seguintes ações e programas:

– Produção de conteúdo para o programa Hora do ENEM;
– Programa de Gestão Escolar de Qualidade;
– Torneio de Robótica;
– Atleta do Futuro;
– Eficiência energética nas escolas;
– Capacitação dentro do programa Minha Casa, Minha Vida;
– SESI Vacinação;
– Rede SESI do Trabalhador;
– Gestão de Reabilitação;
– Produção de vídeos educativos em saúde e segurança do trabalhado (SST) e promoção da saúde;
– Cursos de gestão de SST com a Organização Internacional do Trabalho (OIT);
– Programas legais de SST e promoção da saúde;
– Ações estratégicas em SST;
– Apoio à Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII);
– Apoio ao programa Indústria + Produtiva.

EDUCAÇÃO PROSSIONAL – Em 2015, o SENAI atendeu 2.700 municípios de todo o Brasil. A instituição, que mantém 580 unidades fixas e 449 unidades móveis, registrou 3.415.058 matrículas em cursos de formação inicial e continuada, técnico de nível médio e superior, incluindo a aprendizagem industrial. Esse número é 6,4% menor que o de 2014. Desse total, 573.012 matrículas foram realizadas pelo Pronatec, em que o SENAI é o principal parceiro do governo federal.

Para o diretor-geral do SENAI e diretor-superintendente do SESI, Rafael Lucchesi, a educação profissional é a base para a inserção dos jovens no mercado de trabalho e para a construção de uma carreira promissora. “A qualificação dos trabalhadores é fundamental para o desenvolvimento do setor produtivo. São os trabalhadores bem qualificados que são capazes de utilizar e interpretar as novas tecnologias, antecipar tendências e propor novos produtos e processos mais eficientes e aumentar a produtividade da indústria”, finalizou Lucchesi.

Por Rafael Monaco
Fotos: Miguel Ângelo/CNI
Da Agência CNI de Notícias