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RJ amplia região para vacinação de bloqueio contra febre amarela: 21 municípios passam a ter orientação para imunização preventiva

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Campanha de vacinação está sendo realizada pelos municípios, com orientações da SES, com o objetivo de tentar impedir a entrada do vírus no território fluminense criando uma área de bloqueio nas divisas com MG e ES

Localizados na divisa com o estado de Minas Gerais, os municípios de Valença, Rio das Flores, Quatis, Itatiaia e Resende passam a fazer parte da região com indicação para vacinação de bloqueio contra febre amarela orientada pela Secretaria de Estado de Saúde, com base na avaliação do cenário epidemiológico dos estados vizinhos. A medida, adotada de forma preventiva pelo secretário estadual de Saúde, Luiz Antônio Teixeira Jr., visa criar um cinturão de imunização para tentar impedir a entrada do vírus no território fluminense. A resolução para a inclusão dos cinco novos municípios na região de bloqueio foi publicada nesta terça-feira (7/2), no Diário Oficial do Estado do RJ.

No último dia 25 de janeiro, foi solicitada uma nova remessa de 350 mil doses ao Ministério da Saúde, já disponibilizada, elevando para 700 mil o total de doses de vacina para o estado do RJ. Desde a última semana de janeiro, 16 municípios localizados nas dividas com MG e ES, indicados pela SES, já estão tendo seus estoques abastecidos e deram início à campanha de imunização, organizada pelas prefeituras, com base nas orientações técnicas do Estado e do MS.

– Estamos mobilizados para o acompanhamento constante do cenário epidemiológico, o que nos dá o dinamismo necessário para orientarmos nossa estratégia e ampliarmos nossa atuação. Em parceria com os municípios, estamos criando uma região de bloqueio, imunizando a população de todas as cidades que fazem divisa com MG, além de parte dos municípios próximos ao ES. Apesar de a entrada do vírus no RJ ser pouco provável, nosso papel, neste momento, é fazer o que podemos para proteger nossa população, de forma segura e responsável, fazendo o uso racional da vacina – detalha o secretário Luiz Antônio Teixeira Jr. A vacina contra a febre amarela é segura e tem eficácia comprovada acima de 90%.

Ação preventiva – Com a nova resolução publicada nesta terça-feira, 7/2, a estratégia de bloqueio desenhada pela SES amplia para 21 o total de municípios que devem ter sua população, parcial ou totalmente imunizada, observando as contraindicações. São eles: Cantagalo, Carmo, Comendador Levy Gasparian, Bom Jesus do Itabapoana, Laje do Muriaé, Miracema, Natividade, Porciúncula, Santo Antônio de Pádua, Varre-Sai, Rio das Flores, Quatis e Itatiaia. Além destes, os municípios de Campos dos Goytacazes, São Francisco de Itabapoana, Itaperuna, Sapucaia, Três Rios, Paraíba do Sul, Resende e Valença terão regiões específicas para vacinação, não sendo recomendada a vacinação de toda a população nestes cinco municípios.

– Estamos acrescentando cinco aos 16 municípios que já contavam com a indicação para vacinação de bloqueio, totalizando 21 cidades dentro da nossa estratégia de criar um cinturão de imunização nas divisas com os estados de MG e ES, localidades onde nosso território está mais vulnerável nesse sentido. É essencial que a população siga as orientações dos profissionais de saúde e que sejam vacinadas as pessoas que têm indicação para isso – reforça Alexandre Chieppe, subsecretário de Vigilância em Saúde.

Nova remessa para abastecimento – Desde a última semana de janeiro, municípios de todo o estado estão tendo seus estoques reabastecidos, conforme a disponibilidade operacional e de armazenamento de cada um. Da primeira remessa de 350 mil doses disponibilizadas pelo MS para o RJ, 250 mil estão sendo destinadas à vacinação de bloqueio nos 16 municípios já orientados para a realização da campanha de bloqueio. Outras 100 mil doses foram entregues às demais prefeituras para reabastecimento dos estoques. Com a nova remessa de 350 mil doses disponibilizada pelo MS, a SES está reforçandoos estoques dos cinco municípios que passam a fazer parte da região de bloqueio, além de compor um estoque estratégico para reposição em todo o estado.

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  • Quem são os moradores do estado do Rio de Janeiro que devem se vacinar?

Nesta terça-feira, 7 de fevereiro, a Secretaria de Estado de Saúde publicou uma resolução que inclui os municípios de Valença, Rio das Flores, Quatis, Itatiaia e Resende na estratégia de vacinação de bloqueio, dentro da estratégia adotada pela SES como medida preventiva. Além dos habitantes destas cinco cidades, os moradores dos 16 municípios que já contavam com a indicação a ação de bloqueio, com idades a partir dos 9 meses até os 60 anos, também devem se vacinar. Dentro deste público-alvo, é fundamental que sejam observadas as contraindicações da vacina.

A partir de hoje, 7/2/2017, os municípios com indicação são: Cantagalo, Carmo, Comendador Levy Gasparian, Bom Jesus do Itabapoana, Laje do Muriaé, Miracema, Natividade, Porciúncula, Santo Antônio de Pádua, Varre-Sai, Rio das Flores, Quatis e Itatiaia. Além destes, os municípios de Campos dos Goytacazes, São Francisco de Itabapoana, Itaperuna, Sapucaia, Três Rios, Paraíba do Sul, Resende e Valença terão regiões específicas para vacinação, não sendo recomendada a vacinação de toda a população destes cinco municípios.

Quando essas pessoas que vivem nestes 21 municípios devem procurar os postos de saúde?

A campanha de vacinação de bloqueio será realizada pelas secretarias municipais de saúde, com apoio técnico da Secretaria de Estado de Saúde. A recomendação da Subsecretaria de Vigilância em Saúde do Estado é para que a vacinação seja realizada em até seis etapas, dividindo a população por faixas etárias: (de 9 meses a 9 anos e 11 meses; 10 anos a 19 anos e 11 meses, 20 a 29 anos e 11 meses, 30 a 39 anos e 11 meses, 40 a 59 anos e 11 meses), entre os dias 28 de janeiro e 10 de março. Cada secretaria municipal de saúde deverá definir seu calendário de acordo com sua capacidade operacional e de armazenamento dos imunobiológicos.

 Em que situação as pessoas que não moram nas regiões indicadas para a vacinação de bloqueio devem se vacinar?

Devem buscar os postos de saúde para a vacina as pessoas que estiverem com viagens programas para áreas do país com recomendação de vacinação, conforme as orientações do Ministério da Saúde, que disponibiliza as informações no site. Vale reforçar que é preciso tomar a vacina com pelo menos dez dias de antecedência. Não há qualquer recomendação para vacinação no restante do estado do RJ, até o momento, uma vez que não há evidências de circulação do vírus que transmite a febre amarela no estado – nem em humanos, nem em animais.

  • Quem não deve se vacinar?

As recomendações referentes às contraindicações específicas para esta vacinação de bloqueio estão sendo passadas pela SES aos municípios, não devendo afetar as orientações do Ministério da Saúde para as demais regiões. Para a ação de bloqueio que está sendo implementada pela SES, são contraindicações: gestantes, mulheres que estejam amamentando, pessoas com alergia a algum componente da vacina e alergia a ovos e derivados; pessoas com doença febril aguda, com comprometimento do estado geral de saúde; ou ainda pacientes com doenças que causam alterações no sistema de defesa (nascidas com a pessoa ou adquiridas), assim como terapias imunossupressoras – quimioterapia e doses elevadas de corticosteroides, por exemplo; indivíduos portadores de Lúpus Eritematoso Sistêmico ou com outras doenças autoimunes; pacientes que tenham apresentado doenças neurológicas de natureza desmielinizante (Síndrome de Guillan Barrè, ELA, entre outras) no período de seis semanas após a aplicação de dose anterior da vacina; pacientes transplantados de medula óssea; pacientes com histórico de doença do Timo; pacientes portadores de HIV; crianças menores de seis meses de idade; crianças menores de dois anos de idade que não tenham sido vacinadas contra febre amarela não devem receber as vacinas tríplice viral ou tetra viral junto com a vacina contra FA. O intervalo entre as vacinas deve ser de 30 dias. Nesta campanha de bloqueio, não serão vacinadas bebês com idades abaixo de 9 meses de idade.

  • Qual é a orientação para quem já tomou a vacina?

A vacina garante a imunidade por dez anos, quando é preciso tomar uma nova dose. Após a segunda vacina, não há mais necessidade de uma nova dose. Novamente, é importante deixar claro que mesmo para a segunda dose, a recomendação é para que as pessoas que vivem em áreas com indicação da vacina não deixem de se imunizar. Para as demais regiões, prevalece a orientação de vacinar em caso de viagem programada para áreas de risco.

  • Qual é a orientação para quem perdeu o cartão de vacinação e não tem conhecimento da própria situação vacinal?

A recomendação é para que a pessoa procure o serviço de saúde que costuma frequentar para tentar resgatar seu histórico. Caso isso não seja possível, a pessoa deve iniciar o esquema vacinal normalmente. Para as pessoas com idades a partir de 5 anos que nunca foram vacinadas devem receber a primeira dose e um reforço, dez anos depois, sendo esta recomendação válida apenas para os habitantes que vivem em áreas com recomendação da vacina, presentes no calendário vacinal nacional do Ministério da Saúde.

  • No caso das crianças que precisam se vacinar, quais são os riscos de receber a vacina contra a febre amarela junto com outras vacinas?

A vacina de febre amarela não deve ser aplicada ao mesmo tempo em que as vacinas tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba) ou tetra viral (contra sarampo, rubéola, caxumba e varicela). Se a criança tiver alguma dose do Calendário vacina em atraso, ela pode tomar junto com a de febre amarela, com estas exceções citadas – tríplice e tetra viral. Já as crianças que não receberam nenhuma destas três vacinas e for atualizar sua situação vacinal, a recomendação é para que ela receba a primeira dose contra febre amarela e posteriormente, com intervalo de pelo menos 30 dias, deve agendar a vacinação com tríplice viral ou tetra viral.

  • Qual a probabilidade da entrada do vírus da febre amarela no estado do Rio de Janeiro?

Com base em avaliações dos cenários epidemiológicos, é possível afirmar que é pouco provável a entrada do vírus no território fluminense. A imunização da população que vive nas divisas com MG e ES é uma medida preventiva, uma vez que tais estados estão registrando casos da forma silvestre da doença. Com a vacinação de bloqueio, espera-se garantir a criação de um cinturão para tenar evitar a entrada do vírus em nosso território. No estado do Rio de Janeiro, não há registros de casos autóctones (transmitidos dentro do estado) nas últimas décadas. Portanto, o RJ não configura uma região endêmica para febre amarela.

  • O que é febre amarela?

Há dois tipos de febre amarela – silvestre e urbana. As duas são causadas pelo mesmo vírus e causam a mesma doença, mas se diferem pelo vetor de transmissão. A urbana é transmitida pelo Aedes aegypti e, de acordo com o Ministério da Saúde, desde os anos 40, o Brasil não registra casos deste tipo da doença. Já a silvestre é transmitida pelos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabeths, insetos de hábitos estritamente silvestres. A febre amarela silvestre é endêmica em algumas regiões do país, principalmente na região amazônica. Os sinais e sintomas mais comuns da doença são: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos que duram, em média, três dias. Nas formas mais graves da doença, podem ocorrer icterícia (olhos e pele amarelados), insuficiências hepática e renal, manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. Trata-se de uma doença infecciosa febril aguda, transmitida exclusivamente pela picada de mosquitos infectados.