Oficiais bombeiros do Rio: Mais quatro anos para reserva remunerada

Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio terão que somar 32 anos de serviço para ingressar na reserva remunerada. Atualmente este tempo é de 28 anos. A modificação foi aprovada ontem pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

O Poder Executivo enviou o Projeto de Lei 262/15 que alterava o período para 30 anos, mas uma subemenda do deputado estadual Andre Lazaroni (PMDB) aumentou o período para aplicação da cota compulsória. “Isso evita que vários tenentes coronéis jovens na carreira sejam transferidos compulsoriamente para inatividade”, defendeu o parlamentar.

De acordo com Lazaroni, o secretário estadual de Defesa Civil, coronel Ronaldo Alcântara, firmou compromisso de reescalonar os interstícios (alteração de posto) para os praças da qualificação QBMP/6. Esse grupo inclui técnicos de enfermagem, atendentes de consultório dentário e técnicos de raio-x.

A partir desta alteração, segundo o parlamentar, o cabo poderá ser promovido, por tempo de serviço, a 3º sargento em seis anos de trabalho, o que ocorre atualmente em 12 anos, mas chegará a última graduação da carreira de praça, subtenente, em 25 anos. O acordo aprovado prevê que a alteração seja feita pelo Poder Executivo.

TEMPO NO POSTO

Além de tentar impedir a interrupção da carreira de forma precoce, o projeto de lei aprovado ontem também prevê a redução da permanência no último posto de seis para quatro anos. A ideia da corporação é que haja mais rapidez nas promoções e que sejam abertas vagas para que os demais bombeiros consigam ascender na carreira.

CONTRA A MEDIDA

O presidente da Associação de Praças da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros do Estado do Rio(Aspra), Vanderlei Ribeiro, criticou a medida por contemplar “somente um pequeno grupo dos bombeiros”: “A grande maioria quer permanecer na ativa para poder continuar recebendo gratificações quando atuam em cargos comissionados”.