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Bombeiro do 193 salva a vida de recém-nascida

Centros de operações da corporação e do Samu trabalharam de forma integrada

Quando atendeu a ligação no Centro de Operações do Corpo de Bombeiros (COCB), o subtenente Nelson Cereja não imaginava que ajudaria a salvar a vida de um bebê com apenas nove dias. A pequena Luísa Soares tinha se engasgado depois de mamar e não respirava. Com muita calma e conhecimento técnico acumulado em 31 anos de corporação, o militar passou as instruções de primeiros socorros para o pai, Michael, que conseguiu reanimar a filha, junto com sua esposa Letícia.

– Minha experiência me ajudou durante o procedimento, para manter a calma e passar as orientações para o pai. Vivi muitas situações difíceis quando atuava em Busca e Salvamento, mas essa foi completamente diferente, porque a Luísa tinha apenas nove dias de vida, não podia ir embora. Um dos maiores prêmios para um bombeiro é salvar uma vida – disse o subtenente Cereja, que após ouvir o choro da criança transferiu a ligação para o Centro de Operações GSE/Samu (COGS), onde o Michael recebeu instruções de um médico civil.

Ainda este ano, os atendentes das centrais 193 (Corpo de Bombeiros) e 192 (Samu), que trabalham de forma integrada na capital, começarão a capacitação em Serviço Médico de Emergência, oferecido pelo Centro de Educação Profissionalizante em Atendimento Pré-Hospitalar (Cepap).

– Queremos fazer esse treinamento para que os atendentes possam realizar os primeiros socorros por telefone. Em casos de emergência ou urgência, simultaneamente à ligação, uma viatura do quartel mais próximo será encaminhada para o local da ocorrência. Na cidade do Rio de Janeiro, as centrais trabalham integradas, então o cidadão pode ligar 192 ou 193 e será atendido – afirmou o coronel-bombeiro Vinicius Peniche, diretor do COCB e do COGS.

Segundo o coronel Peniche, os casos mais comuns de acionamento das centrais são: mal súbito, quando a pessoa passa mal na rua e o serviço de emergência médica é acionado; e acidentes de trânsito com colisão de veículos e atropelamento.

Ligações indevidas prejudicam atendimento

Desde agosto, após a centralização das chamadas para o 193 realizadas no Rio, o COCB registrou mais de 207 mil ligações. No entanto, 119 mil (57%) eram ligações indevidas que incluem trotes, reclamações, elogios e informações sobre outros órgãos como polícias e defesas civis. Em outubro, foram 66.806 contatos, sendo 42.207 indevidos (63%).
Fotos: Salvador Scofano